Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis;
mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis (Rm 8.13)
O carnaval no Brasil, uma das mais conhecidas
festas populares do mundo, é totalmente contrário aos valores cristãos. O
carnaval é um exemplo real da sobrevivência do paganismo, com todos os seus
elementos presentes. É a explicita manifestação das obras da carne: adultério,
prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias, e coisas semelhantes. O apóstolo Paulo declara inequivocamente que
os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus (Gl 5.19-21).
Posição da igreja evangélica no período do carnaval
Como pudemos observar, o carnaval tem sua origem em
rituais pagãos de adoração a deuses falsos. Trata-se, por isso, de uma manifestação
popular eivada de obras da carne, condenadas claramente pelas Sagradas
Escrituras. Seja no Egito, Grécia ou Roma antiga, onde se cultua,
respectivamente, os deuses Osíris, Baco ou Saturno, ou hoje em São Paulo,
Recife, Porto Alegre ou Rio de Janeiro, sempre notaremos bebedeiras
desenfreadas, danças sensuais, música lasciva, nudez, liberdade sexual e falta
de compromisso com as autoridades civis e religiosas.
qual deve ser a posição do cristão diante do
carnaval? : não sermos participantes com eles, Creio que a resposta cabe a cada
um. Mas, por outro lado, a personalidade da igreja nasce de princípios
estreitamente ligados ao seu propósito: fazer conhecido ao mundo um Deus que,
dentre muitos atributos, é Santo.
No carnaval de hoje, são poucas as diferenças das
festas que o originaram, continuamos vendo imoralidade, música lasciva,
promiscuidade sexual e bebedeiras.
Como cristãos, não podemos concordar e muito menos
participar de tal comemoração, que vai contra os princípios claros da Palavra
de Deus: Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne;
mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito (Rm 8.5-8). Porque fostes comprados por bom preço;
glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais
pertencem a Deus (1 Co 6.20).
Evangelismo ou retiro espiritual?
A maioria das igrejas evangélicas, hoje, tem sua
própria opinião quanto ao tipo de atividade que deve ser realizada no período
do carnaval. Opinião esta que, em grande parte, apoia-se na teologia que cada
uma delas prega. Este fato é que normalmente justifica sua posição. A saber:
enquanto umas participam de retiros espirituais, outras, no entanto, preferem
ficar na cidade durante o carnaval com o objetivo de evangelizar os foliões.
Primeiramente, gostaríamos de destacar que
respeitamos as duas posições, pois cremos que os cristãos fazem tudo por amor
ao Senhor e com a intenção de ganhar almas para Jesus e edificar o corpo de
Cristo (Cl 3.17). Entendemos, também, o
propósito dos retiros espirituais: momentos de maior comunhão com o Senhor que
tem feito grandes coisas em nossas vidas. Muitos crentes têm sido edificados
pela pregação da Palavra e atuação do Espírito Santo.
Cristãos de todos os lugares do Brasil possuem
opiniões diferentes a respeito da maneira adequada para a evangelização no
período do carnaval. Mas devemos notar que Cristo nunca perdeu uma oportunidade
para pregar, nem mesmo fugia das interrogações ou situações religiosas da
época. Não podemos deixar de olhar o que está escrito na Bíblia: Prega a
palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com
toda a longanimidade e doutrina (2 Tm 4.2). Aqui o apóstolo Paulo exorta a Timóteo a pregar
a Palavra em qualquer situação, seja boa ou má. A Palavra deve ser anunciada.
Partindo deste princípio, não devemos deixar de levar o evangelho, não
importando o momento.
O cristão deve ser sábio ao tomar sua decisão,
sabendo que: Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo
o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da
desobediência. Entre os quais todos nós andávamos nos desejos da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da
ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo
seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas,
nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou
juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus (Ef 2.2-6).
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